terça-feira, 5 de setembro de 2006

"O propósito do questionamento é a conscientização do próprio paradigma, numa tentativa de trazer à consciência nossas crenças e conceitos mais profundos, para que os reafirmemos à luz da razão, ou é uma tentativa de balançar e talvez alterar esse paradigma, enfraquecendo algumas crenças para uma reestruturação do eu? Ou... ambos!?"
Wow, eu ia ficar sem postar aqui por alguns dias, mas a luz dos novos questionamentos, e de eu ter ficado sem sono as 7 da manhã mudaram isso.
Bom! Vamos a resposta. (minha pelo menos)
Como disse a alguns posts atras eu estou no meio de um processo de mudança radical de paradigma, afim de assim compreender e englobar na minha realidade e personalidade todo um lado que estava dormente, e esquecido para ser mais exato.
Então, sim, eu quero conscientizar, meu proprio paradigma, e fazendo as partes mais elementais publicas e notorias assim talvez eu receba ajuda durante o processo de balançar e alterar o proprio paradigma enfraquecendo o alicerce do pensamento preguiçoso e pré-conceitual. Então, acho que a minha resposta seria ambos.
Como diria uma psicologa que conheci a alguns meses: "A destruição é uma parte fundamental da construção".

Próxima resposta:
"E sérioEsse tipo de coisa depende muito!O que eu vou dizer hoje eu vou mudar de idéia amanha, literalmente talvez"
Eu te entendo, na verdade, é exatamente por uma fase dessas que eu to passando agora, onde tudo simplesmente muda. Viver é mudar e na maioria dos casos, evoluir. Então por isso que eu agora instigo o pensamento nesse determinado assunto, para que da proxima vez que tudo mudar, vc possa se lembrar das ultimas respostas e mudar dentro de uma base, não simplesmente mudar, mas sim evoluir. Partir de um ponto e seguir adiante. Ou quem sabe voltar reparando erros de percepção cometidos no passado.

E por fim, porem não menos importante:
"Mas tu sabe que isso é até de certo modo ridículo de se pensar não sabe? Nós simplesmente vivemos (e continuamos vivendo) porque queremos saber o que vem a seguir, queremos ter tempo de experimentar todas as coisas, queremos sentir, simples assim. O ser humano tem uma carência imensa por sentir, e por rexperimentar, o que nos leva a prosseguir são nossos sonhos, que nada mais são do que experiências que queremos ter entende? "

Bom, essa pesquisa do "que vem a seguir", ja não seria uma curiosidade inata do ser humano, como uma medida preventiva de suicidios em massa? Sim isso parece loucura, mas se vc seguir por essa "teoria de conspiração" o proprio capitalismo seria uma medida de impedir que o ser humano deixasse de existir. Afinal nos prendendo a nova sensação do momento estariam nos imperdindo de refletir, e descobrir que vivemos pra sentir a proxima sensação, até que a ultima e derradeira venha. Mas seguindo na mesma pergunta, porque, mesmo que vivamos pra sentir, odiamos a dor? Por que, pregamos contra o Odio, a Raiva, e a Tristeza? Porque, escolhemos só uma gama curta de todas as sensações que um ser humano pode ter, em detrimento de uma ainda maior assim consideradas más? Ja notou que apesar de toda essa curiosidade, vamos até certo ponto, e temos que toda vez que estamos tristes é um acidente de percurso? Pense nisso, reflita porque você não curte uma tristeza, como você curte uma felicidade. Mais uma vez vai parecer simples, porem não é. Continuo mais tarde, ja to atrasado pra aula. :P Fuiz! Boa Sorte a todos!

7 comentários:

Lalaith place disse...

Não concordo que o ser humano não goste da dor, na verdade eu diria que ele gosta mais da dor do que do prazer e felicidade em si.

Explico: você não vê as pessoas falando tnto de seus momentos felizes na vida, geralmente quando alguém "se abre" fala sobre momentos sofridos e tristes de suas vidas. É só parar e pensar: que momentos da tua vida tu lembra que te fizeram virar a pessoa que tu é hoje?
Eu sei que algumas pessoas responderiam situações que passaram de felicidade, mas pensa bem, na maioria das vezes a tua mente vai te levar para momentos de tristeza e de infelicidade, ou de algo bom que aconteceu em um desses momentos.

O que mais nos faz "evoluir" ou "involuir" (na maioria das vezes..) são momentos de tristeza.

Onde eu quero chegar? Simples, o homem não odeia esses sentimentos de tristeza, ou de dor propriamente dita, o que odiamos é como nos sentimos naquele momento, e por isso não queremos sentir de novo, então chingamos tais sentimentos. Mas não os odiamos per si, afinal se não fossem os sentimentos ruins nunca saberíamos o que é um sentimento bom, o que é a felicidade, pois não teríamos com o que comparar.....


OK, eu viajei longe agora... =P

Sceleratus disse...

Serio, excelente!
Nem preciso continuar mais a escrever la, vc disse tudo.

Senkh disse...

mas eu não concordo que as pessoas "crescem" mais nos momentos de tristesa...

Eu já penso que elas "corrigem", "mudam" de percurso mais,o que não necessáriamente significa crescer.

Muitas vezes levadas pela dor as pessoas fazem coisas estúpidas ( ok, vamos nos conceder a possíbilidade de julgar certas situações como estúpidas, o que não quer dizer incompreensíveis, mas até mesmo o existêncialismo tem que ter um certo limite para ter utilidade... ) sem citar essas coisas, assim como, motivadas por sentimentos "bons", coisas maravilhosas. Quem em um momento de empolgação não tomou uma decisão bacana?

Agora,sinceramente, sentimentos "bons" e "ruims" é uma divisão muito pobre. ^ ^

Anônimo disse...

Não!!! Eu falei crescer mais no sentido de modificar mesmo, não tanto em modificações ruins ou boas. Eu falei em "evoluir e involuir" (note as aspas), no sentido de que mudam mais mesmo.

E não xiste sentimentos bons e ruins, estamos falando conceitualmente. Exatamente não acho que a dor, por exemplo, possa ser conceituada como boa ou ruim, isso vai depender do contexto, do que ela vai causar na pessoa (o que vai depender de como a pessoa vai lidar com aquilo, ou seja, não há uma classificação definitiva).

O que eu disse é que realmente momentos de felicidade (não bons ou ruins), podem sim ser de incrível repercussão em nossas vidas, mas sempre que pensarmos em quem somos, e o que nos trouxe até aqui, pensamos em vários momentos de dor, ou sofrimento, ou outras coisas....

Lenha na fogueira!!!

Anônimo disse...

Hehe, as palavras marcadas dão um toque especial no ponto de vista...

Não se pode negar que não gostamos da tristeza ou da dor, ou de outras sensações/sentimentos/emoções (entendidos doravante como S/S/E) do mesmo tipo. O grande ponto chave para a conceituação das S/S/E em positivas e negativas, boas ou ruins, na linguagem comum é a aversão ou atração que temos por elas. Isso não significa dizer que essas S/S/E sejam boas ou ruins no sentido de utilidade para um certo fim.

Já pararam pra pensar como não nos questionamos seriamente sobre o sentido da vida quando estamos bem (cheios de S/S/E atrativas-positivas)? É como se o sentido da vida fosse óbvio, simples e perfeito, não um sentido racional, mas um sentido "intuitivo, natural".

Entretanto, quando estamos mal (cheios de S/S/E negativas), tudo perde o sentido e a graça, e não há argumento racional que nos faça mudar de entendimento; eles simplesmente não fazem sentido.

Uma pessoa de bem olha o mundo e vê a natureza como perfeita e bela, e portanto acredita e segue com ela. Uma pessoa deprimida olha a mesma natureza e vê padrões de conspiração, de prisão, vê a vida como um teatro de sombras sem significado. Melhor dizendo, para quem não está bem, a vida precisa de um significado, mas para quem está bem ela é o significado.

Qual deles está certo? depende de quais tipo de S/S/E estarão dominantes naquele que vai julgar. Mas eu acho que cabe mais perguntar qual eu prefiro para mim, e como consegui-la, se for possível.

Mudando um pouco, é consenso que são as dificuldades e tristezas que nos fazem mudar. Ninguém quer continuar tendo dificuldades e tristezas. Mas não vivemos para as elas, vivemos para as alegrias e felicidades. Digo isso porque ninguém busca as S/S/E negativas, e sim as positivas, atrativas.

Assim, quando não encontramos alegrias e felicidades, nos perguntamos qual é o sentido da vida. Porque, se aquilo que antes era o sentido inquestionável e natural desaparece, surge um vazio. Quantos já se perguntaram em uma cadeira na faculdade, ou em uma matéria no colégio o que diabos estavam fazendo ali ou pra que servia aquilo? Mas não fazemos a mesma pergunta quando o assunto é sobre algo de que gostamos.

Não acho que possamos afirmar que gostamos de S/S/E negativas. Acho que gostamos do resultado ao qual chegamos ao longo de um percurso do qual elas foram parte inevitável e que, justamente por isso, nos fez chegar onde chegamos. Acabamos, aí sim, gostando da função que tiveram essas S/S/E.

Post meio extenso, mas o assunto não é simples...

Senkh disse...

aham, ok , eu tinha entendido o teu "involuir" de outra forma..Achei que vc queria dizer evoluir internamente :p Dup

E com certesa momentos ruins promovem mudança e bons conformidade... Como eu disse tb, momentos ruims nos fazem re-avaliar nossas ações.. Mas não foi por esse lado que eu quiz levar.

Ok,vou tentar de novo.

Primeiro, pessoalmente, quando penso em quem sou, poucos momentos ruims realmente permaneceram.. Os momentos ruims que permanecem são os que não foram inteiramente superados, aprendidos e absorvidos. Os outros tendem a cair no esquecimento...-> para mim.
Existem momentos de decisões, com certesa, mas não precisam ser ruims, e na verdade, todo momento de intensidade que se é passado e superado/aprendido tende a se tornar um momento "bom". Posso citar alguns meus.

Agora, voltando ao questionamento anterior, será que escolhemos os sentimentos pelo "prazer" que tais sentimentos nos proporcionam? Digo, existem diversas pessoas que se prendem, concientemente, aos famigerados sentimentos "maus", diversos "cultos" ao ódio, raiva, depressão podem ser encontrados espalhados pela nossa sociedade...

Já penso que tais sentimentos são postos em cheque porque não são aptos a contruir coisas, atrapalham o convívio e bem estar dos outros.. "Atrapalham em geral", não querendo entrar em um debate sobre a sociedade.

Anônimo disse...

Axo que tu tens razão quando fala d esquecer sentimentos negativos quando superados, Senkh. Quanto ao resto, hum... é, eu tentei colocar bem por cima o pensamento sobre o assunto, mas já que tu entrou fundo...

O que é o bem (em todos os seus sentidos)?